Com verba suspensa, Orquestra Villa-Lobos busca ajuda para retomar atividades no RS

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Projeto precisou demitir os 20 professores que faziam as oficinas com os alunos na Lomba do Pinheiro, periferia de Porto Alegre/RS. Em razão da pandemia, convênio com a prefeitura foi interrompido e locais onde acontecem as atividades estão fechados.

A Orquestra Villa-Lobos, tradicional projeto que leva música para jovens da periferia de Porto Alegre/RS, busca ajuda para retomar as atividades. Em razão do coronavírus, o dinheiro repassado pela prefeitura da Capital foi suspenso por tempo indeterminado, e por isso, os 20 professores que participam do projeto, precisaram ser demitidos.

A Orquestra busca ajuda para retomar as atividades quando a pandemia passar. Para isso, lançou um financiamento coletivo. A meta mínima é arrecadar o valor necessário para que a Orquestra Villa-Lobos funcione por um mês R$ 55 mil, ou ainda garantir três meses de funcionamento (julho, agosto e setembro), com os recursos.

O grupo não perde as esperanças de que, durante o período, o convênio com a prefeitura seja renovado e as atividades voltem ao normal.

30 anos e 1,2 mil apresentações

São quase 30 anos de projeto da Orquestra Villa-Lobos e mais de 1,2 mil apresentações, inclusive no exterior. A regente e coordenadora da orquestra, Cecilia Rheingantz Silveira, relembra o poder da música na comunidade.

“Para mim sempre teve um significado, eu como professora de música da periferia eu não escapava disso. Era isso que eu tinha que fazer”, diz.

“É um poder transformador, primeiro em uma questão individual e depois de uma comunidade inteira”.

A Orquestra, que tem 45 integrantes, fazia cerca de 600 atendimentos por semana com oficinas de música em cinco pontos do Bairro Lomba do Pinheiro. Atualmente estão todos suspensos.

Com o início da pandemia, a professora Cecília se deu conta de que a fome logo chegaria na Vila Mapa, Zona Leste da Capital. Por isso, alunos e professores da Orquestra começaram a se reuniram e para distribuir 20 toneladas de alimentos em cestas básicas.

“Eu me apego nessa força de vontade que as pessoas tem. Nesse lado positivo, da solidariedade que se multiplica de uma maneira tão linda”, diz Cecília.

A Guarda Municipal de Porto Alegre colaborou ajudando na entrega das cestas básicas.

A musicista e aluna da Orquestra, Talita Mença, não vê a hora de as atividades voltarem. “A falta que a orquestra faz na minha vida é algo surreal porque parece que tão tirando uma parte da nossa alma”, diz.

Fonte: G1

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