Conheça o maestro de 21 anos que será assistente da Filarmônica de Minas

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O paulista José Soares participou do Laboratório de Regência da orquestra mineira e ainda cursa composição na USP

 Novo regente assistente da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o paulista José Soares assume o posto no início de fevereiro, quando começa a temporada 2020. Sua estreia na posição – em substituição ao regente associado Marcos Arakaki, que deixou a orquestra em dezembro, após nove anos de trabalho com a formação mineira – será na abertura da série Concertos para a Juventude, em 1º de março. A apresentação na Sala Minas Gerais será dedicada ao repertório de Mozart. Na ocasião, ele ainda terá 21 anos.

“Depois, não tem mais desculpa”, brinca José Soares, que completa 22 no próximo dia 11 de março. Não há como fugir à (pouca) idade ao se referir ao novo maestro, já que um regente, por desempenhar um papel de comando de um grupo grande de músicos, é comumente associado a aspectos como maturidade e experiência.

“Sem dúvida, é uma profissão que exige uma autoridade pessoal e musical que você tem que se esmerar ao máximo para conquistar. E isto é feito constantemente, por meio do estudo e da preparação da obra. Sei que a construção de uma trajetória é um caminho muito longo e, como assistente, atuo na função de um aprendiz. Vou aprender com os regentes que estão à frente, com os convidados e com a própria orquestra”, afirma.

CONVITE

Soares chegou à Filarmônica depois de algumas experiências na casa. Em 2017, participou, como aluno, do Laboratório de Regência. Posteriormente, foi convidado pelo regente e diretor artístico Fabio Mechetti para assumir um dos programas da série Concertos para a Juventude de 2019. Outros participantes do laboratório também foram convidados – a ideia era que essa experiência também servisse como uma espécie de audição, já que a Filarmônica estava selecionando um novo regente assistente.

A “prova” de Soares foi justamente a última edição do ano passado do Concertos para a Juventude, em 24 de novembro. Menos de um mês depois, veio o convite. “O assistente tem o papel de substituto, além de assessorar em todos os programas da temporada. Ou seja, estarei presente em todas as semanas em que a orquestra tocar, tanto nos ensaios quanto no concertos”, afirma. Como regente, por ora Soares está confirmado para cinco dos seis programas do Concertos para a Juventude, as turnês estaduais da Filarmônica, incluindo apresentações em praças públicas e alguns programas de assinatura.

Não será fácil, ele tem consciência disso, porque, em paralelo às atividades com a Filarmônica, Soares ainda tem que terminar sua graduação – está no quinto e último ano do bacharelado em composição pela USP. “Sou bem metódico na minha rotina, tenho que sistematizar o trabalho, pois a carga de repertório que um jovem regente tem que aprender é enorme”, comenta.

Fonte: Portal Uai

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