O poder da música

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A musicalização é um poderoso instrumento educacional e, cada vez mais, vem sendo usada na formação do jovem cidadão, proporcionando a interação, melhorando a sensibilidade, o equilíbrio emocional e a autoestima; ampliando a capacidade de concentração, estimulando a memória, a disciplina e a criatividade. Além de ser usada nos processos de construção do conhecimento, a música também já faz parte das práticas alternativas e terapêuticas, contribuindo para a humanização e socialização.

Pelo Brasil diversas iniciativas utilizam essa força da música para oferecer novas oportunidades para jovens e crianças em situações de risco, como no caso do projeto “A Música Venceu” idealizado pelo maestro João Carlos Martins, através da Fundação Bachiana, que tem o objetivo de democratizar o acesso à música erudita e contribuir para a formação de crianças e adolescentes de áreas carentes do Brasil. O projeto já trouxe 10 mil crianças para o universo da música clássica, das quais 700 foram selecionadas.

Através do seu poder de influência positiva, a música deu também novas esperanças a muitos jovens que cumprem medidas socioeducativas em várias instituições do país, pois possibilita elevar a autoestima e o equilíbrio emocional, fatores essenciais para quem está em processo de ressocialização. Exemplos disso são os projetos realizados na Fundação Casa com o objetivo de fazer a inclusão sociocultural dos jovens por meio do ensino da música.

As aulas musicais fazem parte da formação pessoal dos adolescentes, como ocorre na unidade Casa de Bauru – SP, onde são oferecidas aulas de violão e cavaco. Anualmente, para reforçar a prática e mostrar seu resultado, a instituição realiza o MUSICASA, um grande festival musical que envolve centros socioeducativos de todas as regiões do Estado de São Paulo e tem como objetivo estimular a criatividade na linguagem musical e promover a interação e troca de experiências entre adolescentes de diferentes centros socioeducativos.

Para a secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Berenice Giannella, a música ajuda sim a recuperar meninos infratores. Ex-presidente da Fundação CASA, Berenice ficou à frente da transição da Febem para a nova instituição, antes muito criticada, passando a ter um atendimento socioeducativo que se tornou referência nacional. “A música como expressão de cultura e de cidadania abriu mentes e portas para os adolescentes e jovens da Fundação CASA”, afirmou Berenice, que ficou 12 anos comandando a instituição.

Opinião compartilhada com o maestro João Carlos Martins, que já fez diversas visitas aos jovens da Fundação, momentos nos quais conta a história de sua vida, das superações que teve para manter o seu sonho vivo e sobre seus projetos e seus objetivos, no caso o ensino da música, a descoberta de novos talentos e a formação de um novo público apreciador da boa música. “Eu ensino um pouco de música para eles, eles ensinam um pouco de vida para mim”, disse, comentando que democratizar a música clássica é uma maneira de continuar o seu sonho, missão que vem se concretizando com o projeto Orquestrando São Paulo e Orquestrando o Brasil. “Este projeto vai me ajudar a deixar um legado ao país”, conclui o maestro.

 

 

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