Orquestra Sinfônica de Santa Maria completa 55 anos

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Motivo de orgulho local e de reconhecimento nacional e mundial, a Orquestra Sinfônica de Santa Maria (OSSM) completou neste último dia 7 de abril, 55 anos. Regido e comandado pelo maestro Tita Sartor, o grupo formado por músicos de destaque em diversos instrumentos e vertentes, passou por um ano de reinvenção em 2020. A pandemia privou a Cidade Cultura de diversas apresentações presenciais da orquestra. A impossibilidade do encontro com o público levou as atividades para a internet, onde o brilho mudou a cor, mas não perdeu a intensidade e a qualidade. A OSSM foi criada em 1966 pelo maestro Frederico Richter.

O maestro Tita relembra que, em 2020, apesar das dificuldades colocadas pela pandemia, a orquestra teve uma intensa atividade online, voltada para vários públicos, nas mídias sociais da orquestra e parceiros, como a UFSM e a imprensa. Os conteúdos publicados nas redes sociais chegaram a mais de 600 mil pessoas:

Destaco o vídeo em mosaico Que o Sol Volte a Brilhar”, em homenagem aos profissionais de saúde, em julho, em parceria com a Magical Mystery Band, e o Festival Online Vem Cantar com a OSSM, que foi em parceria com o Diário de Santa Maria. No ano passado, conseguimos mobilizar a comunidade e alcançar lugares distantes do Brasil.

Com as vencedoras do concurso, Tiane Tambara e Daiane Diniz, foi realizado o vídeo Dancing Queen, do ABBA, em homenagem ao Dia da Música. Outros vídeos com a orquestra incluem a homenagem aos 60 anos da UFSM, com música do maestro Frederico Richter e material fotográfico histórico do acervo do Arquivo Geral da UFSM; e as variações para Quinteto de Cordas de Parabéns a Você, exibidos no dia dos 60 anos da UFSM, além de outras ações virtuais.

2021 será movimentado

Apesar do distanciamento, a OSSM não para de produzir. Na última semana, lançou um vídeo na Páscoa, com o famoso solo de oboé do filme A Missão, música de Ennio Morricone. Em maio, vai lançar o Simpósio de Cognição e Artes Musicais, Nacional (Simcam) e o vídeo Concerto Sináptico dos Animais, que realiza a obra de Saint-Saens juntamente com um experimento científico sobre fluxo mental do intérprete durante a execução musical.

Segundo o maestro Tita Sartor, há também a previsão de uma série de vídeos gravados com grupos menores com a Orquestra, assim que as normas sanitárias permitirem os ensaios e encontros presenciais. Em abril, o grupo também recomeça a série Música em Pauta e Café com o Maestro. Os áudios e vídeos da orquestra estão sendo gravados em parceria com o técnico Paulo Cóser, da Projesom.

“As gravações serão transmitidas pelas mídias da orquestra e por parceiros. Teremos concerto de aniversário, o Música Brasileira de Concerto; homenagem aos 100 anos do nascimento de Piazzola, vencedores do Festival Vem Cantar 2020, ballet O Cisne, de Tchaikovsky, em parceria com o Ballet Ivone Freire, Seleção de Musicais nos Concertos Didáticos e o Cortina Lírica”, adianta o maestro.

De acordo com Tita, o Festival Online Vem Cantar com a OSSM, que alcançou em torno de 500 mil visualizações nas redes sociais, foi um sucesso. A intenção é gravar os vídeos com os vencedores da versão 2020 e divulgar essa produção neste ano.

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A realização de um novo concurso musical está sob avaliação. Enquanto isso, a orquestra segue ensaiando em encontros online. Os instrumentos de cordas, sob a batuta do professor José Miranda, diretamente de Assunção, no Paraguai, e do maestro Sartor, que comanda os naipes de sopros e percussão. Em relação ao patrimônio cultural e memória da orquestra, a coordenadora Suzete Gassen, que lidera um projeto premiado pela Lei Aldir Blanc, para a realização de uma série de vídeos.

Os maestros

Frederico Richter (fundador e primeiro diretor): “Em 1966, criei a Orquestra da Universidade Federal de Santa Maria e fui seu Diretor, cargo que exerci até 1998, mais de 32 anos. Em 1989, transformei-a em Sinfônica. Quando iniciei em 1966, não havia condições para uma Orquestra em Santa Maria. Somente em ocasiões especiais se poderia pensar em agrupamentos pequenos para tocar música, não sinfônica mas de câmara. Não havia músicos e nem alunos que tocassem instrumentos de orquestra. O piano dominava tudo, era o que havia.”

Marco Antonio Penna (maestro até 2018): “Uma orquestra-escola, uma das primeiras do gênero existente no Brasil, deve ser um motivo de orgulho para a cidade, para a região e para a universidade. Ela foi muito importante para a minha formação artístico-musical e também como importante meio de atuação profissional. Conclamo à comunidade universitária da UFSM e da cidade de Santa Maria e região, considerando aqui também os empresários e as lideranças locais e regionais, para contribuir significativamente com a continuidade do levar adiante o sonho daqueles abnegados pioneiros de 1966.’

Enio Guerra (maestro até 2014): “Passei por todos os estágios que a Orquestra oferecia: músico de estante, solista, regente adjunto, regente titular e diretor artístico. Tenho muito a agradecer por todo tempo que estive presente, fiz muitos amigos, colaborei com muitas pessoas que também colaboraram comigo na vida, profissão e de fazer música, e fico grato a isso. Desejo que a Orquestra tenha sempre muito sucesso e sempre alcance seus objetivos. Parabéns pelos seus 55 anos de existência!”

Fonte: Diário SM

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